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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Polícia Federal abre conta de Freud Godoy para investigar Lula no Mensalão

Ao lado, Freud Godoy. Ele foi uma espécie de faz-tudo de Lula, Marisa Letícia e a família Lula da Silva, pagando até contas pessoais do ex-presidente - com dinheiro público, claro, porque Lula não gosta de pagar suas contas com dinheiro próprio. 



A Polícia Federal solicitou, anteontem, a quebra do sigilo bancário de uma conta-corrente no banco Santander, em São Bernardo do Campo (SP), pertencente a Freud Godoy, que foi assessor especial da Presidência durante o governo Lula, e à mulher de Freud, Simone Godoy.O objetivo é descobrir supostos beneficiários de repasses da conta durante o ano de 2003, entre eles o ex-presidente Lula, apontado pela PF mineira como alvo secundário do inquérito. O inquérito é considerado pela PF "filhote do mensalão".Na conta no Santander foi depositado um cheque de R$ 98.500 emitido pela agência de publicidade SMP&B, do operador do mensalão, Marcos Valério. Freud e Simone podem responder por lavagem de dinheiro, caso não consigam comprovar a licitude da transação. Outro depósito, de R$ 150 mil, feito em março de 2004 na conta da empresa do casal, a Caso Comércio, também está na mira da PF. Freud alegou que o dinheiro vem da negociação de um imóvel.

. Conforme mostrou ontem o jornal "Folha de S.Paulo", Valério recusou o benefício da delação premiada em outro inquérito, instaurado em Brasília, para investigar o suposto repasse de US$ 7 milhões da Portugal Telecom ao PT. Segundo acusou Valério, Lula e o ex-ministro Antonio Palocci negociaram o pagamento com o então presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta.

. O pedido de quebra da conta do Santander foi enviado ao Ministério Público Federal em Minas. Caberá ao MPF remeter a solicitação à Justiça Federal de Belo Horizonte. Os investigadores estimam em 90 dias de prazo para a chegada da documentação, considerada essencial para as investigações. Em depoimento após ser condenado no mensalão, Valério contou que os R$ 98.500 foram transferidos a Freud para bancar despesas pessoais de Lula. Ao ser interrogado há um mês pela PF, em São Paulo, o casal afirmou se tratar de pagamento para a empresa Caso e Comércio por serviços prestados de segurança na campanha de Lula em 2002. ( O Globo)

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