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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ao afirmar que investigação em Santa Maria será rigorosa, Tarso Genro dá a entender que tem pizza no forno!

Espetáculo midiático – Quando autoridades envolvidas direta ou indiretamente em uma investigação policial começam a falar demais e a exalar rigor, pode acreditar que uma boa marmelada será servida em algum momento. Se o alvo da investigação for de impacto e repercussão, certo é que alguns pagarão e outros escaparão das garras da lei. É o que se desenha em Santa Maria, onde ocorreu, no último domingo (27), uma tragédia que deixou 235 mortos e mais de uma centena de feridos.
Passadas as primeiras horas do trágico acidente que ocorreu em casa noturna da cidade da região central do Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro disse que a investigação do caso seria rigorosa. É verdade que os petistas adoram inventar a roda e descobrir a pólvora, mas toda investigação precisa ser rigorosa, evitando que culpados escapem da Justiça e que inocentes sejam acusados de algo não cometeram. Ao afirmar que a investigação será rigorosa, Genro deixou nas entrelinhas que todas as outras que todas as outras que aconteceram sob o seu comando são questionáveis.
Como o PT se acostumou à bandalheira na última década, com muito esforço pode-se considerar compreensível a declaração do peremptório governador gaúcho, que tenta empurrar a culpa na direção da prefeitura de Santa Maria. O que não elimina a possibilidade de os verdadeiros culpados saírem impunes e pela tangente.
A situação torna-se ainda mais preocupante quando a autoridade policial responsável pela investigação acredita na profecia do famoso artista plástico Andy Warhol e busca seus parcos instantes de fama. O delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul tem falado demais, algo que especialistas no assunto não fazem. Esse tipo de comportamento, que pode não ser proposital ou de encomenda, muitas vezes condena por antecipação ou atira aos leões quem não tem culpa.
O delegado Marcelo Arigony, responsável pela investigação da tragédia de Santa Maria, mais um pouco fará parelha com o colega mineiro que cuidou do caso Eliza Samudio. Edson Moreira é um falastrão incorrigível, que muito antes de terminar as investigações já havia condenado Bruno Fernandes de Souza, ex-goleiro do Flamengo, e outros acusados de participação no crime. Policial precisa ter faro para o exercício do ofício, mas acusar exige provas por parte da autoridade. Ganha-se muito mais quando a boca está fechada.
Um dos grandes equívocos cometidos em Santa Maria foi a não preservação do local do crime logo depois da tragédia. No dia seguinte ao incêndio, jornalistas já entravam no que sobrou da boate Kiss para registrar imagens. Ora, se a perícia ainda não foi concluída, não havia como liberar o local onde ocorreu um crime, principalmente dessa proporção e complexidade. Deixar o local trancado depois que alheios à investigação entraram e fizeram o que quiseram nada resolve. Essa decisão irresponsável das autoridades envolvidas na investigação do caso acabará ajudando, mais adiante, a defesa dos réus. Anotem

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