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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Adolescentes nigerianas criam gerador de energia movido a urina


O destaque da Maker Faire Africa 2012 ficou por conta de quatro adolescentes que desenvolveram um sistema bastante alternativo de geração de eletricidade: o dispositivo proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina dispensado na máquina.

O gerador foi desenvolvido pelas adolescentes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15) e apresentado durante o evento que ocorreu no início do mês em Lagos, na Nigéria.

Com baixos custos de produção e operação, o aparelho produz energia através da eletrólise da ureia, realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é retirada e o composto gera eletricidade.

O aparelho foi confeccionado pelas estudantes para um trabalho escolar e apresenta custos mínimos, utilizando apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas. Para Gerardine Botte, engenheira química da Universidade de Ohio, o sucesso da nova tecnologia ainda não é garantido. "É um projeto escolar, portanto, não levem muito a sério", disse a especialista ao portal CNET.

Entretanto, o maior obstáculo para a implantação desta alternativa é o potencial explosivo do hidrogênio, que pode ser utilizado na fabricação de explosivos de alta destruição – caso elaborada, uma bomba a partir do material pode superar 50 vezes a força de uma bomba atômica – como as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki.

Apesar de o projeto oferecer seus riscos e dúvidas, é inegável que as estudantes nigerianas desenvolveram uma maneira sustentável e inusitada de se produzir energia limpa.

Fonte: CicloVivo e CNET

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