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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MAIS UM MILAGRE EM UM HOSPITAL ISRAELENSE

Um bebê de sete meses teve a vida salva num hospital israelense de referência. O pequeno Odai tinha remotas chances de sobreviver, pois havia um buraco no seu coração.

Hospitais de Gaza recebem generosas contribuições mundiais, mas não há investimentos que possibilitem salvar vidas em casos especiais.

A notícia seria trivial se parasse por aí. A deficiência apresentada por Odai não é rara e muitos hospitais estão aptos a lidar com esta adversidade. Mas a história se reveste de outro sentido quando acrescentamos o sobrenome de Odai: Al-Kafama!

Odai Al-Kafarna é um bebê palestino (sic) e seus pais residem na Faixa de Gaza. Depois de certificar-se de que o neto não sobreviveria se continuasse sob os cuidados dos medicos palestinos (sic), sua avó Haniya atravessou a fronteira e procurou ajuda num hospital israelense.

Submetido a exames imediatos, foi constatado que um dos lados do coração de Odai era cerca de um terço maior do que o normal. Jeffrey Godwin, médico que atendeu Odai, é tanzaniano e participa de um estágio de três anos no hospital israelense. O buraco foi fechado utilizando uma técnica desenvolvida pelos médicos israelenses. Ao final do procedimento, Godwin declarou: "Ainda bem que pudemos intervir a tempo. Sem a cirurgia, Odai não teria muito tempo de vida". O atendimento aconteceu em meados de julho passado e a criança já retornou para a Faixa de Gaza. "O paciente vai melhorar como qualquer outra pessoa e terá uma vida normal", concluiu Jeffrey Godwin.

O atendimento a Odai Al.Kafama foi viabilizado graças a um projeto médico israelense chamado Save a Child's Heart, composto de um grupo israelense de cirurgiões cardíacos pediátricos que já salvou cerca de 2.600 crianças com defeitos cardíacos congênitos em mais de 36 países, incluindo países árabes ou islâmicos como o Iraque, a Jordânia, o Sudão e os territórios judaicos sob administração da Autoridade palestina, como é o caso da Judéia e Samaria (conhecida por Cisjordânia) e a Faixa de Gaza (antiga Filístia).

Ao contrário da imagem comum que se tem das relações entre árabes e judeus, todos os anos, cerca de10.000 palestinos – apenas da Faixa de Gaza – atravessam a fronteira a com o objetivo de serem tratados nos hospitais israelenses. Não entram nesta estatística os árabes residentes na Judéia e Samaria.

Embora receba milhões de dólares em doações do mundo inteiro (incluindo o Brasil), a Autoridade Palestina (AP) não adquire equipamentos de ponta para os hospitais sob sua responsabilidade. O destino destas doações é cobrir a "folha de pagamento" da pesada estrutura do funcionalismo público. Por "funcionário público" leia-se "ativistas anti-Israel".

Odai e sua avó ficaram em Israel por três semanas e depois retornaram para a casa dos pais da criança, em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. Curiosamente, na década de 1990 a mesma Haniya esteve naquele hospital israelense trazendo um outro neto para tratamento. "As pessoas são boas", disse ela. "Eles [os israelenses] são bons em todos os lugares. Nós não temos problemas uns com os outros", concluiu a avó.

A imprensa local informou que ao chegarem em Beit Hanoun, Haniya e Odai foram recebidos com festa e fogos de artifício. O avô do bebê, Mahmoud Al-Kafarna disse, "é como se Odai voltasse dos mortos". E como que num lamento completou: "Esperamos que este seja um bom sinal para a paz".

Mahmoud Al-Kafarna expressou sua gratidão para com os médicos israelenses e relebrou saudoso os dias anteriores à intifada, insuflada pela liderança palestina. "Naquela época", assinalou Al-Kafama, os árabes de Gaza interagiam com os israelense cotidianamente.

Ali Al-Kafarna e Taghreed Al-Kafarna, ficaram emocionados ao verem o regresso do filho. "Essas três últimas semanas foram extremamente difíceis", disse Taghreed, "mas os funcionários do hospital colocaram-me ao telefone para que eu pudesse ouvir o balbucio do meu filho. E isso me ajudou muito", disse a mãe. Ao seu lado, o pai concluiu: "Devo ser o homem mais feliz do mundo".

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