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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A morte cerebral do PT

"As doses de formol que estão injetando nos trabalhadores só serão visíveis quando o estado do país for irremediavelmente terminal".

Aos 30 anos, o Partido dos Trabalhadores está tendo uma virtual morte cerebral. É o que informam fontes fidedignas diretamente da UTI do Hospital da Praça dos Três Podres de Brasília, Distrito Federal.
Especialistas vindos dos principais centros de avaliação do mundo ocidental e cristão divergem sobre o tempo de sobrevivência vegetativa do partido totalmente acorrentado pelo todo poderoso príncipe operário.
Os norte-americanos da Johns Hopkins University, onde Lula fez em 1973 um curso tão misterioso que não consta do seu currículo, acreditam que por sua origem em laboratório, com as bênçãos de Deus nas sacristias receosas do dia seguinte ao regime militar, as recentes alquimias poderão prolongar a existência da legenda, mesmo com o cérebro irremediavelmente putrificado.
Para eles, a transfusão do sangue recebido de José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros poderá produzir um milagre: o corpo dispensará as funções do cérebro e o partido se nutrirá da química fisiológica prolongadora de alguns órgãos, especialmente do aparelho digestivo.
Como acham que tempo é dinheiro, os norte-americanos avançaram na manipulação da semântica: dinheiro é tempo, dizem convencidos de que o partido acumulou gorduras vitais no exercício físico do mensalão e de outros passos acelerados na busca da glamorosa vida mansa de invejável esplendor.
Assim também pensam os israelenses, para os quais as recentes injeções de recursos públicos no sistema financeiro e na construção civil gerarão algumas células-tronco que salvarão a vida do partido e engordarão seus dirigentes, fecundando uma espécie de clone do moribundo, ao qual caberá representar a marca registrada, que tanto sucesso fez nos primeiros anos do novo século.
Os ingleses parecem mais prudentes. Às voltas com doença semelhante no seu Partido Trabalhista, acham que só um cérebro de platina, extraída das terras aparentemente indígenas, poderá influir no metabolismo de um grêmio que se esqueceu de tudo o que viveu até os 23 anos.
Todos admitem, porém, que o PT dos barbudinhos e cabeludos não tem mais chances de vida. A única saída será contaminar os outros parceiros do agonizante "campo progressista", de forma a impedir que se revitalizem com o inevitável passamento do partido que entrou em coma ao receber ordens expressas para obedecer cegamente ao mais antigo dos proxenetas da República, dotado de poderes como a onisciência e a onipresença, sobre o qual o popularíssimo presidente baixou o sacrário do homem sobrenatural, que paira acima de qualquer questionamento moral.
Segundo as fontes fidedignas que prometemos jamais revelar, numa coisa os especialistas concordam totalmente: as causas da morte cerebral do Partido dos Trabalhadores estão na alta carga de arrivismo produzida por sua metamorfose, em função do consumo exagerado das drogas dos podres poderes.
Antigos neosindicalistas e tremendões neoesquerdistas absorveram por osmose os solventes do neoliberalismo e os ingredientes do neopatrimonialismo, cegando com os encantos e as facilidades do poder, num Estado que se apropria de 38% do produto do trabalho e os faz evaporar na feérica orgia das ONGs amigas e das empreiteiras agradecidas, enquanto livra a cara das montadoras multinacionais onde tudo começou.
No diagnóstico obtido pela ultra-sonografia, os especialistas verificaram que os petistas meteram à mão nas tetas e nas nádegas da viúva, tornando-se dependentes insaciáveis e incuráveis da sodomia política.
Aprendendo mais do que as quatro operações aritméticas, utilizaram-se da equação das porcentagens, mas embolaram os números, quando recorreram à ajuda de matemáticos como Marcos Valério e se deixaram monitorar pelo banqueiro Henrique Meireles, pós-graduado em macroeconomia da dependência.
Imobilizado pelo cavalo-de-pau do governo e com suas antigas canções desafinadas, o Partido dos Trabalhadores perdeu a própria voz, diante do cala-boca implacável que o sapo barbudo impôs, como exercício orgástico típico de quem se imagina um semideus vivo, de posse da máquina mortífera e de todos os engenhos formatadores do comportamento humano. O PT, que se ufanava de um folclórico democratismo, de uma fictícia audição das bases, já não tem mais como enganar.
Pior. Sabe que terá de vender a própria alma para garantir a vitória da ungida pelo homem, falsa turquesa, que nunca soube o que é disputar uma eleição, nem para associação de moradores, e nem nunca suou camisa nas suas bases franciscanas.
Esse constrangimento produziu um tenebroso estado de depressão e uma macabra crise de identidade. O antigo conflito interno das correntes políticas foi substituído pela melancólica disputa de bocas na máquina pública e no dinheiro dos seus ralos, agravada pela sua sujeição aos desnacionalizadores e desmatadores da Amazônia, aos latifundiários do agronegócio com sua poderosa "bancada ruralista", e às velhas raposas que transformaram a vida pública numa obscena bolsa de valores, aonde a moral, a dignidade, a decência, a coerência, a ética e os compromissos históricos, sempre em baixa, vão a leilão todo santo dia.
Não surpreende, pois, que a alcatéia dos discursos inflamados contra a corrupção e a espoliação do trabalho tenha estourado os miolos do cérebro na hora em que se viu subordinada àqueles que condenavam ao cadafalso em ruidosos vitupérios.
A demência com a perda de identidade, o descrédito, a dependência de vantagens e a morte anunciada são consequências de uma tragédia existencial que qualquer leitor de orelhas dos livros de Freud vinha diagnosticando sem recorrer ao estetoscópio.
Nos estertores entre quatro paredes, a novidade foi à decisão do partido de vestir-se de uma imobilizadora camisa de força, enquanto passava a falar palavras desconexas, estranhas ao antigo vocabulário, tentando compensações na satisfação dos instintos selvagens.
Para os petistas quiméricos, tudo o que está acontecendo tem o peso do castigo de Deus. Daí os flagrantes de autoflagelação do inconsciente, enquanto o ego deita e rola sem saber onde isso vai dar.
Ter de engolir a mais explícita ilegitimidade no jogo de poder dentro do Senado, ter de participar da blindagem de Sarney e de sacramentar dois suplentes sem votos para a Presidência da CPI da Petrobrás e do Conselho de Ética foi a gota d'água.
Os bigodes do Mercadante e os fios da careca do Suplicy entrelaçaram-se no deprimente espelho do infortúnio, culminando com a morte cerebral, que os ébrios arautos da corte tentam inutilmente esconder, esquecendo que tenho boas fontes, inegavelmente fidedignas.
Eminência parda
Eminência é o tratamento dispensado aos cardeais. No reinado de Luís XIII, da França, quem mandava de fato era seu conselheiro, o cardeal Richelieu que, com sua tradicional vestimenta vermelha, era conhecido como Eminência Vermelha. Seu secretário, o padre Joseph, permanecia sem aparecer. Em razão da cor parda de seu hábito de capuchinho ele era, num irônico paralelo a Richelieu, apelidado de Éminence Grise, pois grise significa pardo em francês, cinzento, sombrio. A expressão é o modo pejorativo com que nos referimos aos que trabalham à sombra do chefe e influem nas decisões que ele toma. Muitos governos têm a sua eminência parda e nem é preciso consultar livros de História para identificá-las. Golbery não me deixaria mentir...

Pedante
É o pretensioso, aquele que se expressa exibindo conhecimentos que não possui. A origem da palavra é curiosa. Tal como pedestre, pedagogo e pedagogia, vem de pé. Pedante, na Roma Antiga era o escravo que acompanhava, a pé, os filhos de seu senhor à escola. Ficava aguardando as aulas terminarem para levar de volta as crianças para casa. Enquanto esperava, ouvia as lições e assim, embora sem escolaridade formal, aprendia a falar difícil. Daí a acepção de pedante para quem mostra uma cultura falsa ou acima do seu meio. Nos salões sofisticados, onde brilham lantejoulas e olhos revirados, o pedante encontra terreno fértil para suas ocas demonstrações de cultura, não é verdade?

Libéria
Esse país africano foi uma criação norte-americana, tentativa de fazer retornar à África os negros que de lá vieram, trazidos como escravos. O próprio nome do país simboliza a liberdade reconquistada pelos antigos cativos. Em 1822, a Sociedade Americana de Colonização instalou os primeiros retomados e em 1847, sob a liderança de Ralph Randolph Gurley, o país se tornou independente, tendo como capital a cidade batizada de Monróvia, homenagem ao presidente James Monroe, principal incentivador da generosa idéia. Infelizmente, o ideal que inspirou a nação hoje desapareceu e, como tantos vizinhos seus, ela vive mergulhada em crises e vítima de sucessivos golpes de estado. Mais uma boa idéia que escoa pelo ralo...

Voto de Minerva
Quando, em qualquer assembléia - pública ou particular - registra-se empate numa votação, o que desempata a contagem é o chamado voto de Minerva. Por que esse nome?
Ele se inspira na deusa romana Minerva (Atena, ou Palas-Atenéia para os gregos), protetora da inteligência, das artes e do saber. Nenhuma divindade era tão cultuada na Roma Antiga, a ponto de, regularmente, serem realizadas as chamadas minervalias, solenes homenagens a ela.
A aplicação prática da expressão Ocorre assim: o presidente da assembléia se abstém de votar e só é chamado a fazê-la em caso de empate. Ai, seu voto decide a questão. Nessa hora tensa, com certeza ninguém está pensando na deusa romana, muito menos nas minervalias. O negócio é resolver a questão. Constatado o empate, o presidente se enche de pompa, empina o nariz e, solenemente, profere seu voto, para alegria de uns e decepção de outros. Assim foi, assim é e assim continuará sendo - a menos que, como sucede em certos plenários, os inconformados partam para a briga. Mas ai já é assunto para as páginas policiais...

domingo, 15 de novembro de 2009

Zelaya=Lula


< A foto ao lado faz parte da história do pretenso ditador hondurenho Manuel Zelaya (ou Zé Laia), na juventude. Assim são esses novos presidentes latino-americanos. Seus requisitos indispensáveis para qualificarem-se ao cargo: terem prontuário criminal, ser assassino, terrorista, traidor ou golpista. Como o Rambo hondurenho. E é este cidadão que está sendo defendido pela ONU e pelo companheiro Lula.

É por esse tipo de gente que a Europa nos chama de América Latrina...